terça-feira, 24 de maio de 2016

NA ESTANTE | EDIÇÃO 2016#03 | TODOS SOMOS

NA ESTANTE
Por Oliveira Celso
O colaborador desta edição, NA ESTANTE, trabalha como professor de poesia falada, poeta, performer , ator e músico. Ufa! Nem pense que é somente isso. Aquele de todas essas funções ele também é Ativista Cultural. É organizador do Sarau Ratos di Versos. Mas nem pense que para por aí.  Ainda colabora com o Sarau Boto Fé.
 Quando é questionado sobre a dificuldade de ser poeta – ator. Logo vem o desabafo otimista - É que viver de arte no Rio de Janeiro é muito complicado... Mas nada é impossível de mudar nada deve parecer natural nada deve parecer impossível de mudar.
 Em seguida a pergunta. Você consegue viver sem poesia?
 - Não. Eu sou a poesia.


Colaboração de Dan Juan Nissan Cohen


A Casa Grande
Surta
 Quando a Senzala
Aprende a ler
 A Senzala está
Cansada De sofrer
A Casa Grande
Surta
Quando a Senzala
Grita
Palavras
Quando foi apresentada
A ler
Chega de tanto ódio
Chega de tanto sentimento
Raivoso
Tipo cão raivoso
Passando a doença da raiva
 Mas calma,
 As pessoas
Não são
Más
Elas só estão perdidas

Ainda há tempo
Vivemos tempos difíceis
Onde o julgar
É o seu esporte
Até sua profissão
Vivemos em um tempo
 Temporal
Chuva de egos
Vaidades
E opiniões
Para até destruir
Castelos Fortalezas
Vivemos em um dos tempos
Mais difíceis de viver até
Sobreviver e até acreditar
 Vivemos porque vivemos
Esperando a hora de se
arrepender de tudo
Tudo aquilo que trava o riso
Até viver o risco de acordar
Pra vida
 Sem querer levantar da cama Vivemos em um período de
tempo
Onde a falta de amor
Causa dor
Choro
Aponta dedo na cara
E começa a tempestade
De resto do mundo cair
Em tempos de ódio escarrado  
O melhor remédio
Para
Combater
É fazer o ato mais nobre
O sentimento criado pelo ser humano O amor
Alguém sabe como encontrar a fórmula do
Amor?
Cuidado, o amor está acabando
É necessário criar novas técnicas 
Para cultivar
O amor
Olha aqui
Olha pra mim
Olha pra você
Nós podemos
O amor é a única revolução Verdadeira!!!
Só o amor é a melhor opção para combater
Sentimentos Ruins
Em tempos de ódio
Nesses tempos
Temos que criar a corrente
Que seja corrente
Sem cadeados
E que afete o coração
Por sentimento completo
Que seja Amor
Em tempos de ódio
É necessário
Urgentemente
Andar
AMADO !!!!



::::::::::::::::::::SERVIÇO::::::::::::::::::::::
 O Sarau Ratos di Versos acontece ; quinta sim quinta não na Lapa; Rua da Lapa. Onde acontece praça em frente ao Buteco Tico Taco da Lapa, 128. Em frente ao bar restaurante Princesa da Lapa. Esquina com a Joaquim Silva

segunda-feira, 23 de maio de 2016

PERFILANDO | EDIÇÃO 2016#03 | TODOS SOMOS

PERFILANDO

Por Oliveira Celso

Ele toca na festa mais badalada atualmente na cena carioca; CLAPS POWER. Muitos frequentadores da festa dizem que seu som tem uma “pegada” especial. Nosso blog adora fazer contatos com o que surgi de novidade na cena cultural. E para não perder o ritmo. Você leitor; conhecerá um pouco mais  do DJ da vez.


Nome Completo
Rodd Rodriguez

 Idade
41 anos

O que faz atualmente?
Divido meu tempo entre os trabalhos corporativos como analista de compliance em um fundo de pensão, DJing e produção musical.




Dj por acaso ou sempre quis ser DJ ?
 Iniciei a carreira de DJ naturalmente, impulsionado pelo amor à música

Quem é um ícone como DJ para você?
No Brasil, quem receberemos na próxima CLAP'S POWER!, Magal Prado. No exterior, Daniele Baldelli. Sem ser sugestivo, gostaria de deixar um registro sobre a qualidade do trabalho dos demais DJs da CLAP'S POWER - André Lima, André Moreno e Filipe Torres - grandes e capacitados profissionais que me orgulho em trabalhar e que já podem ser considerados referências na cena eletrônica carioca.

Dois DJs prediletos?
Daniele Baldelli e Alexander Robotnik, lendas vivas do underground europeu.





Qual seu estilo de música favorita?
 Posso dizer que tenho um carinho muito grande e um apreço distinto pelo AOR/Soft Rock (Steely Dan, Michael Franks, Fleetwood Mac e outros.

8-Quem lhe inspira no cenário musical?
 Minha grande inspiração fica acima do DJing, sempre foi e continuará sendo o eterno, o inesquecível, o REI Michael Jackson.

9-Quais são os eventos que você toca?
Atualmente sou residente de três festas: CLAP'S POWER!, FRITEX e PHINA, todas criações do querido e lendário Tony Alexandre.

10-O que você curte na balada?
Música eletrônica de qualidade e sem rótulos.






11-O que você detesta na balada?
Inconveniência e falta de postura, em todos os sentidos.

12-Praia ou montanha?
Praia, sem dúvida.

13-Seu prato predileto?
Qualquer prato da culinária mediterrânea, simples, saudável e deliciosa.






14-Qual o seu filme favorito?
"À Espera de Um Milagre", com Tom Hanks. Um filme forte, que toca fundo na alma e na consciência.

15-Quando iniciou na carreira já tocava o estilo Techno (eletrônico)?
Iniciei tocando Soul, Funk, Soft Rock e coisas dos anos 80, até chegar à linha que toco hoje em dia, mais voltada para a Disco underground, Space Disco, Electro, Italo, Acid e  obviamente - House/Techno.

16-Existe uma invasão de novos DJs. Você pensa que isso desvaloriza a profissão?
 Posso dizer que sou um grande incentivador desta filosofia, a da renovação da cena. Acho que o público precisa conhecer mais DJs, ouvir mais e mais coisas diferentes, o que constitui uma excelente maneira de ampliar seu leque de conhecimento musical, o que sem duvida agregaria mais valor ainda à cena. Quando o público conhece o que está tocando é gratificante para ambos, público e DJs. Sendo assim, conclamo: MAIS DJs, POR FAVOR! (risos)




17-Estamos num momento delicado na situação política brasileira. Nessas horas qual o seu posicionamento perante aos fatos que tem ocorrido?
. Acho que não precisamos deste "Estado" que apenas nos governa, nos controla, sem foco no que realmente importa (com a população acima de tudo e foco na educação, saúde e segurança, o que considero básico. Isto é dever, não agrado). Sendo assim, posso dizer que sou um anarquista com convicção. Não confio em vertentes políticas e nem tampouco nesses políticos mequetrefes que temos aqui, todos uns ratos, que mereciam estar presos, bem distantes de nós.

18-TODOS SOMOS... MÚSICA!


19-Rodd é ... Rodd é antes de tudo um ser humano que ama sua filha acima de tudo, família e amigos, imperfeito como todos os outros, que crê em Deus e na força da natureza, o que nos concede a vida.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

CAPA | EDIÇÃO 2016#02 | SUCESSO SEMPRE

Sucesso sempre












SUMÁRIO | EDIÇÃO 2016#02 | SUCESSO SEMPRE
























CAPA
 Allan Bastos usa macacão Jeans para homem
Coturno preto chapéu preto aba larga
Acervo pessoal.
Foto: Daniele Machado
Edição de moda: Oliveira Celso

FALAÊ, EDITOR
01 | Oliveira Celso
Apresenta a edição

ALTOS PAPOS
02 | Fabiano Freitas e o extremo do teatro

OLHAR [MODA]
03 |Allan Bastos capa

FACE
06 | Super ator super modelo

NA ESTANTE
07 | Um conto que eu nem te conto

DE VOLTA
09 | A música eletrônica e o novo rock n’ roll

SALA DE VISITA
10 | Ícone da moda brasileira a musa Marina Dias



JÁ É
12 |Tem marmelada? Tem sim senhor...E o palhaço  ? 



PERFILANDO
14 | O DJ que é sucesso onde toca.


Nossa segunda capa para edição 2016#02

quarta-feira, 4 de maio de 2016

FALAÊ, EDITOR | EDIÇÃO 2016#02 | SUCESSO SEMPRE


FALAÊ, EDITOR

Sucesso sempre


A escolha da pauta foi determinante. Falar de sucesso é um tema extremamente intrigante.  Mexe muito com o brio do ser humano. Bem dizer o sucesso é uma faca de dois gumes. Sucesso precisa ser bem dosado. Para quando estiver no apogeu do sucesso. Manter o equilíbrio é exercer a sabedoria e maestria.  O sucesso de uma celebridade, de um produto ou até mesmo de barraca de cachorro - quente. O sucesso está aí para você desfrutar. 
Eu quando desejo feliz aniversário para alguém logo de quebra tem SUCESSO SEMPRE. A palavra tornou-se um comprimento obrigatório. Pondo em prática a lei do universo (retorno) desejando SUCESSO SEMPRE para obter SUCESSO SEMPRE.
O ano começou bem para o sucesso do blog. Temos colaboradora estreando na seção NA ESTANTE, Ivna Feitosa e o seu conto que eu nem te conto você precisa ir na seção e ler. O circo invade o blog e tem palhaçada sim senhor na seção JÁ É. Vivi Seixas esta DE VOLTA. ALTOS PAPOS se rende ao teatro numa conversa permeada de coisas interessantes.  E o PERFILANDO trás o DJ Vino que é SUCESSO SEMPRE nos eventos onde toca.  E ainda tem mais SUCESSO. Então SUCESSO para você enquanto lê as seções do blog.

Editor chefe

Oliveira Celso

domingo, 1 de maio de 2016

ALTOS PAPOS | EDIÇÃO 2016#02 | SUCESSO SEMPRE

Altos Papos
Por Oliveira Celso

Como editor –chefe, tenho que pensar, articular pautas que realmente tenham um diferencial entre uma ou outra seção. Contatos já! Pode-se dizer é nosso grito de existência. Fazia um tempo ou como dizem por aí um tempinho que não mergulhávamos na cena teatral. Somos um blog de cultura e a priori não temos restrições.
E SUCESSO por SUCESSO, ficamos com aquele SUCESSO discreto que é SUCESSO SEMPRE. Para esses ALTOS PAPOS da edição 2016#02; SUCESSO SEMPRE, o jovem diretor teatral (e ator também) Fabiano Freitas,  que tem 20 anos de carreira, completará 39 anos em Maio ( ele não nos informou a data correta) nos proporciona um papo para lá de interessante. 

A tal modernidade nos possibilita um conversa fraca, interessante e intensa. E o melhor disso tudo é que pronta e imediata. Pelo inbox da rede social (Facebook) demos um inicio no nosso papo. Tendo uma duração aproximadamente de 1:00 hora e alguns poucos minutos.
Logo de primeira preparo o nosso convidado para os temas que iria abordar como; Teatro, sexo, drogas, politica e afins. Porém me contagio com o carisma de Dadado ( como é conhecido pelos mais íntimos e amigos do teatro) E faço perguntas como de costume. Um curioso que se alimenta de conhecimento.

Imediatos Contatos- Sendo diretor da Cia Teatro de Extremos, sejamos sensatos e comecemos por ela.Como surgiu a Cia?  Por que esse nome “Extremos”? E enfatizo sua função dentro da cia. Se ele é somente diretor ou também exerce outras funções e por aí vamos nós.

Fabiano Freitas – Teatro de Extremos. (enfatiza o nome da Cia. Pois eu erro ao digitar o nome Cia Teatro dos Extremos)... Na virada de 2005 para 2006, em novembro de 2005, a partir dali foi quando surgiu a Cia. O primeiro ano. Esta fazendo 10 anos. De um encontro com alguns artistas. Através de um projeto de um estudo artístico que é era Centro de Estudo Artístico Experimental um projeto que a  Ana Kfouri, coordenava no Sesc Tijuca... Minha formação de diretor vem dali meus primeiros experimentos... 
 Era muito importante para cidade (Rio de Janeiro) o Centro de Estudo Artístico Experimental...



 ...E o projeto era importante para cidade do Rio de Janeiro justamente porque contemplava leituras de textos de autores contemporâneos... Montagens através do projeto Palco de Experimentação... Onde muita gente teve oportunidade de fazer seus primeiros espetáculos... Isso a partir do ano de 2002. Eu estou falando nesse contexto, pois exatamente assim que surgiu a Cia Teatro de Extremos. Naquele momento estava acontecendo Nova Dramaturgia Brasileira... Um projeto coordenado pelo Roberto Alvim ( dramaturgo, diretor e professor teatral)... Era o renascimento da (jovem) dramaturgia brasileira. Daí surge nomes como Daniela Pereira de Carvalho, como próprio Roberto Alvim (que escreveu muito naquela época), Camilo Pellegrine, Pedro Brício... Foram autores que foram surgindo ali. Puderam se experimentar como dramaturgo... Se de um lado tinha a experimentação dramatúrgica brasileira do outro nós tínhamos de encenação e o palco de experimentação que Ana Kfouri coordenava. São dois projetos fundamentais, eu estou citando isso porque tem tudo haver com contexto de formação da Cia. Logo depois no final de 2005 a gente faz nosso primeiro espetáculo que é Paraquesia, no Teatro Ziembinsky, no horário alternativo, que naquela época era ocupado pelo Nova Dramaturgia Brasileira que tinha coordenação do Roberto Alvim.
















O núcleo atual (e principal); Renato Carrera, Leonardo Corajo, Mauricio Lima e eu ( Fabiano de Freitas).  E tem uma parceira muita intensa com Guilherme Sima.
Uma série de atores que de vez enquanto trabalham com gente, que agregam  aos projetos da Cia e são colaboradores.
Eu sou basicamente diretor... Entendi que para esse projeto de Cia e de vida... Precisava me dedicar intensamente. É um mergulho muito profundo ...  O processo de direção. No último espetáculo que é o Homossexual ou Difícil arte de se expressar; eu atuo... Talvez em trabalhos futuros eu venha atuar em outras frentes.

I. C - A escolha do repertório da cia ... É coletiva ou você como diretor decide o trabalho a ser desenvolvido baseado em quê?

A escolha do repertório até aqui eu tive um papel muito fundamental sim. De um modo geral todas as propostas foram minhas sim. Só da certo porque as pessoas se encontram. 



Indago sobre o espetáculo Feriado de mim mesmo que é uma adaptação do livro do escritor Santiago Nazarian.

Feriado de mim mesmo é uma ótima lembrança... Arrebatado pelo livro... É um chamamento meu.  Eu li o livro... Compartilhei o livro com os meninos (os atores da Cia) Era um desejo meu também.
A montagem é bem fiel ao livro... Foi feito totalmente perto dele. O autor não teve uma  participação  direta na direção e nem na dramaturgia, mas ele acompanhou foi ver a peça... Foi tudo autorizado por ele. É um espetáculo muito importante... A partir desse processo é que consolidou o núcleo atual da cia. Renato Carrera, Leonardo Corajo, Mauricio Lima.


É a primeira vez que a gente fez a proposta de pensar no gênero pela pesquisa de gênero. A discussão de gênero como uma linguagem para pensar no sujeito contemporâneo.


I.C- Mas a priori é uma expressão bem forte do seu ego artista... Podemos dizer assim?
Não afirmo o meu ego artista não. É... Acredito muito às vezes nesse encontro com o texto. Um chamamento. Não estou falando de nada transcendental não. Um lugar que te toca... O bastante... Para que aquilo que toca na sua vida... Para aquilo toque a sua vida... Para que você leve para o palco... Aquilo faça acontecer... Aquilo ganhar carne... O que eu faço quanto a isso é tentar contaminar os atores para esse chamamento. Se isso não acontecer se os atores não forem tão chamados quanto eu isso não dá certo.

Digo que infelizmente não vi montagem da peça Feriado de mim mesmo, porém torço para que aconteça a montagem na comemoração de 10 anos da Cia.

- Eu ia adorar remontar essa peça no repertório de comemoração.

Você nota um ar de felicidade extrema ao ouvir essa resposta.



O papo está bom demais e continuo falando sobre teatro. Afinal teatro é algo realmente bom. Então questiono se o inicio da sua trajetória foi no Grupo Tá na Rua.

- Não, não começa lá não... Minha trajetória começa ainda no teatro em Petrópolis eu sou de lá... Uma experiência amadora escolar mesmo... Quando eu vim para o Rio (capital), tinha dezenove anos, estava muito divido em estudar teatro (artes cênicas) ou ciências sociais... E por diversas coincidências do destino eu acabo indo estudar ciências sociais... Sou formado em ciências sociais, mas sempre focado no teatro na arte mesmo sendo da área de ciência sociais... Isso bastante importante... Nesse meio tempo eu tenho oportunidade de conhecer algumas pessoas... Experimentar algumas coisas... Através de oficinas, contatos com alguns diretores, atores... A experiência com o Tá na Rua ela acontece ali em 1999 em 2000... É bem definitivo o contato com Tá na Rua... A minha vida faz uma virada e o teatro se torna uma possibilidade irreversível... É bem esse momento ali com Tá na Rua com Almir Haadad ele transmite coisas muito importantes.

I.C- Qual a sua opinião sobre o sucesso? No teatro na vida... Ou você vive a fobia de que o ator precisa fazer televisão... Novela para ter o dito sucesso?
Abordagem sobre o sucesso é devido esta edição ter a pauta o sucesso sempre.
- Sucesso é uma coisa complicado da gente definir. Não um valor objetivo... É uma qualidade cheia de subjetividade... O que é sucesso para uma pessoa pode não ser para outra... Sucesso para mim é viver de teatro...  É uma possibilidade muito difícil para os meus parceiros e amigos; atores, diretores e dramaturgos... Isso para mim por exemplo é sucesso...  Como qualquer outro sucesso é difícil e têm altos e baixos... É o instável.  



Como você citou  atores de televisão. Como um ator de televisão passa por momentos instáveis... Então realmente eu acho que sucesso varia... Cada pessoa dá um valor, um sentido, um significado para essa palavra. Eu vivo de teatro isso para mim é sucesso... O sucesso que é acompanhado de uma ideia de glamour de uma felicidade extrema isso esta em outro lugar...  O que vem acompanhado de ideia de popularidade é outro sucesso. É o sucesso que não me interessa... Claro que eu quero que meus trabalhos tenham visibilidade... Claro; eu quero ser o diretor que passe... Que minhas obras alcance cada vez mais pessoas. Não necessariamente tenha haver com ideia mais popular do sucesso. Sucesso é satisfação.

I.C- Os atuais acontecimentos políticos que vem gerando uma situação muito delicada para os brasileiros. Pergunto; Direita ou esquerda? Contra ou favor?
- Eu sou de esquerda... Sempre fui. E e e  Como sou de esquerda...  Ao mesmo tempo ser contra e a favor é uma resposta que eu não saberia dar... Sou de esquerda... A ideologia das esquerdas historicamente ocupa um lugar muito forte nos meus afetos...  Na minha maneira de pensar o mundo sem duvida... Acredito muito que exista a direita e esquerda. É uma dicotomia do mundo moderno. A ideologia pelo menos a partir da revolução francesa... Se você me pergunta qual é o meu lugar nesta dicotomia... O meu lugar é na esquerda.


I.C- Diretor, dramaturgo, agitador cultural, ator qual outra função você acumula além dessas?
- Olha... Eu acho que quando me pergunta qual é a minha profissão eu digo que sou diretor de teatro... Só que eu sou um diretor de teatro inserido numa produção de como eu acredito muito que o teatro funciona numa contemporaneidade. Então eu diria que sou diretor de teatro... Sou também ator. Atuo... Quando há um espaço... Abertura para esse diretor estar em cena de alguma... Quando a poética te leva para esse lugar... Sou dramaturgo também, mas estou muito ligado a produção da minha cena (no caso da dramaturgia). Sou diretor de teatro dramaturgo, ator...  ; pararia por aí já é o bastante.
Mas para te responder objetivamente. Tenho tido oportunidade de coordenar projetos de encontros de dramaturgia. Que fazem encontrar dramaturgos. Dramaturgos podem produzir pode experimentar novas produções novas criações...  Tem acontecido bastante... É um lugar que me interessa muito... Ser  agitador desse lugar.

I.C- Tem algo que você ainda queira realizar? Não precisa ser na cena artística?
- Nossa tem muita coisa sempre... Para a gente realizar...  Não sei a vida de uma pessoa que esta realizada ela perde sentido... A gente tem que ser desafiado ao novo. Respondendo poética de fato. Sim.Tem também planos muitos concretos... Temas que eu quero tratar... Peças que estão por vir tem coisas aí para acontecer sim.

(risos) É! Poeticamente boa resposta... Mas vamos comentar sobre um assunto bem delicado que é a cena LGBT... Posso estar equivocado sobre o último trabalho que sua cia realizou trata-se do universo homossexual... É uma posição política... Você de fato esta levantando uma bandeira através da arte?

-Certamente... Na verdade todos os espetáculos que fiz até hoje de alguma maneira estava levantando uma bandeira...  Eu não diria muito bem uma bandeira, mas uma reflexão política sim... É um lugar de efervescência. É um lugar de incomodo... É um lugar que a gente precisa alargar. Alargamento.  Eu acredito nisso no teatro com possibilidade de alargamento das mentalidades, da alma. A nossa inserção que discute o gênero começa no Feriado de mim mesmo, no O Homossexual ou A difícil arte de se expressar. A gente radicaliza isso com a redescoberta de Copi.

"Eu sou uma pessoa antes de Copi e depois de Copi."




Quem é Copi?
Pseudônimo de Raul Damonte Botana (ficcionista, dramaturgo, desenhista e ator argentino) que viveu exilado em Paris, onde morreu (aos 48 anos, em 1987), vítima da Aids. Seus temas recorrentes: desmemória, sexo, violência, exílio são vertidos numa escrita contínua, irônica, barroca, ácida, surreal e fantástica que constantemente transgride padrões da norma moral heterossexual e provoca, pela multiplicidade, o riso crítico do leitor.

E o que vem por aí?
São planos em curto prazo... Eu não sei se eu irei conseguir... A Cia vive de editais... Não sei se consegue Um espetáculo novo para começar os ensaios ainda este ano para estrear ano que vem que é Balé rale trabalho novo e a segunda coisa é um estudo performático ( que eu já fiz) a partir do livro do Karl Marx (18 brumário de Luiz Bonaparte)


 *** ALTOS PAPOS com Fabiano Freitas não termina por aqui... Continua na próxima edição.