Sucesso sempre
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quinta-feira, 5 de maio de 2016
SUMÁRIO | EDIÇÃO 2016#02 | SUCESSO SEMPRE
CAPA
Allan Bastos usa macacão
Jeans para homem
Coturno
preto chapéu preto aba larga
Acervo
pessoal.
Foto:
Daniele Machado
Edição
de moda: Oliveira Celso
FALAÊ,
EDITOR
01 |
Oliveira Celso
Apresenta
a edição
ALTOS
PAPOS
02 | Fabiano
Freitas e o extremo do teatro
OLHAR
[MODA]
03
|Allan Bastos capa
FACE
06 |
Super ator super modelo
NA
ESTANTE
07 |
Um conto que eu nem te conto
DE
VOLTA
09 | A
música eletrônica e o novo rock n’ roll
SALA
DE VISITA
10 |
Ícone da moda brasileira a musa Marina Dias
JÁ É
12 |Tem marmelada? Tem sim senhor...E o
palhaço ?
PERFILANDO
14 | O DJ que é sucesso onde toca.
Nossa segunda capa para edição 2016#02
Marcadores:
blog com ares de revista,
capa,
capa de revista,
contra capa de revista
quarta-feira, 4 de maio de 2016
FALAÊ, EDITOR | EDIÇÃO 2016#02 | SUCESSO SEMPRE
FALAÊ, EDITOR
Sucesso sempre
A escolha da pauta foi determinante.
Falar de sucesso é um tema extremamente intrigante. Mexe muito com o brio do ser humano. Bem
dizer o sucesso é uma faca de dois gumes. Sucesso precisa ser bem dosado. Para
quando estiver no apogeu do sucesso. Manter o equilíbrio é exercer a sabedoria e maestria. O sucesso de uma
celebridade, de um produto ou até mesmo de barraca de cachorro - quente. O
sucesso está aí para você desfrutar.
Eu quando desejo feliz aniversário para
alguém logo de quebra tem SUCESSO SEMPRE. A palavra tornou-se um comprimento obrigatório.
Pondo em prática a lei do universo (retorno) desejando SUCESSO SEMPRE para
obter SUCESSO SEMPRE.
O ano começou bem para o sucesso do
blog. Temos colaboradora estreando na seção NA ESTANTE, Ivna Feitosa e o seu conto que eu nem te conto você precisa ir na seção e ler. O circo invade o blog e tem palhaçada sim senhor na seção JÁ É. Vivi Seixas esta DE VOLTA. ALTOS PAPOS se rende ao teatro numa conversa
permeada de coisas interessantes. E o
PERFILANDO trás o DJ Vino que é SUCESSO SEMPRE nos eventos onde toca. E ainda tem mais SUCESSO. Então SUCESSO para você enquanto lê as seções do blog.
Editor chefe
Oliveira Celso
domingo, 1 de maio de 2016
ALTOS PAPOS | EDIÇÃO 2016#02 | SUCESSO SEMPRE
Altos
Papos
Por Oliveira
Celso
Como
editor –chefe, tenho que pensar, articular pautas que realmente tenham um
diferencial entre uma ou outra seção. Contatos já! Pode-se dizer é nosso grito
de existência. Fazia um tempo ou como dizem por aí um tempinho que não
mergulhávamos na cena teatral. Somos um blog de cultura e a priori não temos
restrições.
E SUCESSO por SUCESSO, ficamos com
aquele SUCESSO discreto que é SUCESSO SEMPRE. Para esses ALTOS PAPOS da edição
2016#02; SUCESSO SEMPRE, o jovem diretor teatral (e ator também) Fabiano
Freitas, que tem 20 anos de carreira, completará 39 anos em Maio ( ele não nos informou a data correta) nos proporciona um papo para lá de interessante.
A tal modernidade nos possibilita um
conversa fraca, interessante e intensa. E o melhor disso tudo é que pronta e imediata. Pelo inbox da
rede social (Facebook) demos um inicio no nosso papo. Tendo uma duração aproximadamente de
1:00 hora e alguns poucos minutos.
Logo de primeira preparo o nosso
convidado para os temas que iria abordar como; Teatro, sexo, drogas, politica e afins. Porém me contagio com o carisma de Dadado ( como é conhecido pelos mais íntimos e amigos do teatro) E faço perguntas como de costume. Um curioso que se alimenta de
conhecimento.
Imediatos Contatos- Sendo diretor da Cia Teatro de
Extremos, sejamos sensatos e comecemos por ela.Como surgiu a Cia? Por que esse nome “Extremos”? E enfatizo sua
função dentro da cia. Se ele é somente diretor ou também exerce outras funções e por aí vamos nós.
Fabiano
Freitas – Teatro de Extremos. (enfatiza o nome da Cia. Pois eu erro ao digitar o
nome Cia Teatro dos Extremos)... Na virada de 2005 para 2006, em novembro de
2005, a partir dali foi quando surgiu a Cia. O primeiro ano. Esta fazendo 10
anos. De um encontro com alguns artistas. Através de um projeto de um estudo
artístico que é era Centro de Estudo Artístico Experimental um projeto que a Ana
Kfouri, coordenava no Sesc Tijuca... Minha formação de diretor vem dali meus
primeiros experimentos...
Era muito importante para cidade (Rio
de Janeiro) o Centro de Estudo Artístico Experimental...
...E o projeto era importante para cidade do Rio
de Janeiro justamente porque contemplava leituras de textos de autores
contemporâneos... Montagens através do projeto Palco de Experimentação... Onde
muita gente teve oportunidade de fazer seus primeiros espetáculos... Isso a
partir do ano de 2002. Eu estou falando nesse contexto, pois exatamente assim
que surgiu a Cia Teatro de Extremos. Naquele momento estava acontecendo Nova
Dramaturgia Brasileira... Um projeto coordenado pelo Roberto Alvim (
dramaturgo, diretor e professor teatral)... Era o renascimento da (jovem)
dramaturgia brasileira. Daí surge nomes como Daniela Pereira de Carvalho, como
próprio Roberto Alvim (que escreveu muito naquela época), Camilo Pellegrine,
Pedro Brício... Foram autores que foram surgindo ali. Puderam se experimentar
como dramaturgo... Se de um lado tinha a experimentação dramatúrgica brasileira
do outro nós tínhamos de encenação e o palco de experimentação que Ana Kfouri
coordenava. São dois projetos fundamentais, eu estou citando isso porque tem tudo
haver com contexto de formação da Cia. Logo depois no final de 2005 a gente faz
nosso primeiro espetáculo que é Paraquesia, no Teatro Ziembinsky, no horário
alternativo, que naquela época era ocupado pelo Nova Dramaturgia Brasileira que
tinha coordenação do Roberto Alvim.
O núcleo atual (e principal); Renato
Carrera, Leonardo Corajo, Mauricio Lima e eu ( Fabiano de Freitas). E tem uma parceira muita intensa com Guilherme
Sima.
Uma série de atores que de vez
enquanto trabalham com gente, que agregam
aos projetos da Cia e são colaboradores.
Eu sou basicamente diretor... Entendi que para
esse projeto de Cia e de vida... Precisava me dedicar intensamente. É um
mergulho muito profundo ... O processo
de direção. No último espetáculo que é o Homossexual ou Difícil arte de se
expressar; eu atuo... Talvez em trabalhos futuros eu venha atuar em outras
frentes.
I. C - A escolha do repertório da cia ... É coletiva
ou você como diretor decide o trabalho a ser desenvolvido baseado em quê?
A escolha do repertório até aqui eu
tive um papel muito fundamental sim. De um modo geral todas as propostas foram minhas
sim. Só da certo porque as pessoas se encontram.
Indago sobre o espetáculo Feriado de
mim mesmo que é uma adaptação do livro do escritor Santiago Nazarian.
Feriado de mim mesmo é uma ótima
lembrança... Arrebatado pelo livro... É
um chamamento meu. Eu li o livro...
Compartilhei o livro com os meninos (os atores da Cia) Era um desejo meu
também.
A montagem é bem fiel ao livro... Foi
feito totalmente perto dele. O autor não teve uma participação direta na direção e nem na dramaturgia, mas
ele acompanhou foi ver a peça... Foi tudo autorizado por ele. É um espetáculo
muito importante... A partir desse processo é que consolidou o núcleo atual da
cia. Renato Carrera, Leonardo Corajo, Mauricio Lima.
É a primeira vez que a gente fez a
proposta de pensar no gênero pela pesquisa de gênero. A discussão de gênero como
uma linguagem para pensar no sujeito contemporâneo.
I.C- Mas a priori é uma expressão bem forte do
seu ego artista... Podemos dizer assim?
Não afirmo o meu ego artista não. É...
Acredito muito às vezes nesse encontro com o texto. Um chamamento. Não estou
falando de nada transcendental não. Um lugar que te toca... O bastante... Para
que aquilo que toca na sua vida... Para aquilo toque a sua vida... Para que
você leve para o palco... Aquilo faça acontecer... Aquilo ganhar carne... O que
eu faço quanto a isso é tentar contaminar os atores para esse chamamento. Se
isso não acontecer se os atores não forem tão chamados quanto eu isso não dá
certo.
Digo que infelizmente não vi montagem
da peça Feriado de mim mesmo, porém torço para que aconteça a montagem na
comemoração de 10 anos da Cia.
- Eu ia adorar remontar essa peça no
repertório de comemoração.
Você nota um ar de felicidade extrema ao ouvir essa
resposta.
O papo está bom demais e continuo
falando sobre teatro. Afinal teatro é algo realmente bom. Então questiono se o
inicio da sua trajetória foi no Grupo Tá na Rua.
- Não, não começa lá não... Minha
trajetória começa ainda no teatro em Petrópolis eu sou de lá... Uma experiência
amadora escolar mesmo... Quando eu vim para o Rio (capital), tinha dezenove
anos, estava muito divido em estudar teatro (artes cênicas) ou ciências
sociais... E por diversas coincidências do destino eu acabo indo estudar
ciências sociais... Sou formado em ciências sociais, mas sempre focado no
teatro na arte mesmo sendo da área de ciência sociais... Isso bastante
importante... Nesse meio tempo eu tenho oportunidade de conhecer algumas
pessoas... Experimentar algumas coisas... Através de oficinas, contatos com
alguns diretores, atores... A experiência com o Tá na Rua ela acontece ali em
1999 em 2000... É bem definitivo o contato com Tá na Rua... A minha vida faz
uma virada e o teatro se torna uma possibilidade irreversível... É bem esse
momento ali com Tá na Rua com Almir Haadad ele transmite coisas muito
importantes.
I.C- Qual a sua opinião sobre o sucesso? No teatro na vida... Ou você
vive a fobia de que o ator precisa fazer televisão... Novela para ter o dito
sucesso?
Abordagem sobre o sucesso é devido esta edição ter a
pauta o sucesso sempre.
- Sucesso é uma coisa complicado da gente definir. Não
um valor objetivo... É uma qualidade cheia de subjetividade... O que é sucesso
para uma pessoa pode não ser para outra... Sucesso para mim é viver de
teatro... É uma possibilidade muito
difícil para os meus parceiros e amigos; atores, diretores e dramaturgos...
Isso para mim por exemplo é sucesso... Como
qualquer outro sucesso é difícil e têm altos e baixos... É o instável.
Como você citou atores de televisão. Como um ator de
televisão passa por momentos instáveis... Então realmente eu acho que sucesso
varia... Cada pessoa dá um valor, um sentido, um significado para essa palavra.
Eu vivo de teatro isso para mim é sucesso... O sucesso que é acompanhado de uma ideia de glamour de uma felicidade extrema isso esta em outro lugar... O que vem acompanhado de ideia de popularidade
é outro sucesso. É o sucesso que não me interessa... Claro que eu quero que meus
trabalhos tenham visibilidade... Claro; eu quero ser o diretor que passe... Que
minhas obras alcance cada vez mais pessoas. Não necessariamente tenha haver com ideia mais popular do sucesso. Sucesso é satisfação.
I.C- Os atuais acontecimentos
políticos que vem gerando uma situação muito delicada para os brasileiros.
Pergunto; Direita ou esquerda? Contra ou favor?
-
Eu sou de esquerda... Sempre fui. E e e Como sou de esquerda... Ao mesmo tempo ser contra e a favor é uma
resposta que eu não saberia dar... Sou de esquerda... A ideologia das esquerdas
historicamente ocupa um lugar muito forte nos meus afetos... Na minha maneira de pensar o mundo sem
duvida... Acredito muito que exista a direita e esquerda. É uma dicotomia do
mundo moderno. A ideologia pelo menos a partir da revolução francesa... Se você
me pergunta qual é o meu lugar nesta dicotomia... O meu lugar é na esquerda.
I.C- Diretor, dramaturgo, agitador
cultural, ator qual outra função você acumula além dessas?
- Olha... Eu acho que quando me pergunta qual é a
minha profissão eu digo que sou diretor de teatro... Só que eu sou um diretor
de teatro inserido numa produção de como eu acredito muito que o teatro
funciona numa contemporaneidade. Então eu diria que sou diretor de teatro...
Sou também ator. Atuo... Quando há um espaço... Abertura para esse diretor
estar em cena de alguma... Quando a poética te leva para esse lugar... Sou
dramaturgo também, mas estou muito ligado a produção da minha cena (no caso da
dramaturgia). Sou diretor de teatro dramaturgo, ator... ; pararia por aí já é o bastante.
Mas
para te responder objetivamente. Tenho tido oportunidade de coordenar projetos
de encontros de dramaturgia. Que fazem encontrar dramaturgos. Dramaturgos podem
produzir pode experimentar novas produções novas criações... Tem acontecido bastante... É um lugar que me
interessa muito... Ser agitador desse
lugar.
I.C- Tem algo que você ainda queira realizar? Não precisa ser
na cena artística?
-
Nossa tem muita coisa sempre... Para a gente realizar... Não sei a vida de uma pessoa que esta
realizada ela perde sentido... A gente tem que ser desafiado ao novo. Respondendo
poética de fato. Sim.Tem também planos muitos concretos... Temas que eu quero
tratar... Peças que estão por vir tem coisas aí para acontecer sim.
(risos) É! Poeticamente boa resposta... Mas vamos comentar sobre um assunto bem delicado que é a cena LGBT... Posso estar equivocado sobre o último trabalho que sua cia realizou trata-se do universo homossexual... É uma posição política... Você de fato esta levantando uma bandeira através da arte?
-Certamente... Na verdade todos os espetáculos que fiz até hoje de alguma maneira estava levantando uma bandeira... Eu não diria muito bem uma bandeira, mas uma reflexão política sim... É um lugar de efervescência. É um lugar de incomodo... É um lugar que a gente precisa alargar. Alargamento. Eu acredito nisso no teatro com possibilidade de alargamento das mentalidades, da alma. A nossa inserção que discute o gênero começa
no Feriado de mim mesmo, no O Homossexual ou A difícil arte de se expressar. A
gente radicaliza isso com a redescoberta de Copi.
"Eu
sou uma pessoa antes de Copi e depois de Copi."
Quem é Copi?
Pseudônimo
de Raul Damonte Botana (ficcionista, dramaturgo, desenhista e ator argentino)
que viveu exilado em Paris, onde morreu (aos 48 anos, em 1987), vítima da Aids.
Seus temas recorrentes: desmemória, sexo, violência, exílio são vertidos numa
escrita contínua, irônica, barroca, ácida, surreal e fantástica que
constantemente transgride padrões da norma moral heterossexual e provoca, pela
multiplicidade, o riso crítico do leitor.
E o que vem por aí?
São planos em curto prazo... Eu
não sei se eu irei conseguir... A Cia vive de editais... Não sei se consegue Um espetáculo novo para começar os ensaios
ainda este ano para estrear ano que vem que é Balé rale trabalho novo e a segunda
coisa é um estudo performático ( que eu já fiz) a partir do livro do Karl Marx
(18 brumário de Luiz Bonaparte)
*** ALTOS PAPOS com Fabiano Freitas não termina por aqui... Continua na próxima edição.
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