sábado, 5 de dezembro de 2015

DE VOLTA - EDIÇÃO ESPECIAL 2015#01

De Volta é uma coluna (seção) que faz a retrospectiva de matérias que já foram postadas no blog. A escolha do post que deve voltar e feita pela equipe de redação numa votação democrática. Se você leitor quer opinar sobre a próxima matéria que mereça estar de volta, por favor, não se acanhe opine você (leitor) é quem faz o blog.
Por unanimidade De Volta reapresenta o entusiasta e pai do ano Pedro Rajão.

 
Pedro Rajão

A cena carioca cultural ganha mais um forte aliado que agita a cidade maravilhosa. Sim, o jovem que se multiplica em seis atividades e ainda conserva um enorme sorriso estampado no rosto. Vocês irão fazer Imediatos Contatos  com o entusiasta; Pedro Gomes Rajão.


Imediatos Contatos - O que você faz atualmente?

Tradutor, professor de inglês, pesquisador de música africana, DJ, produtor, guia de turismo informal (um pouco de tudo)

Imediatos Contatos – Curiosidade sobre o seu nome Rajão. Qual é a origem?
Rajão é meu sobrenome por parte de pai, vem lá de Póvoa de Varzim, Portugal. Rajão é uma viola da Ilha da Madeira, similar a um ukelele (cavaco havaiano) Não sei exatamente qual foi o processo pra adoção do nome, se eram artesãos de rajões ou se foram novos cristãos ao chegarem no Brasil.

Imediatos Contatos – Qual período esta cursando na faculdade?
Um período bem avançado. Minha vida acadêmica é pautada por flertes com outros cursos, pausas, trancamentos, idas e vindas pra outras universidades.

Imediatos Contatos – Formado em Letras que caminho irá seguir?
Eu não tenho a mínima idéia. Estou dirigindo e produzindo meu primeiro documentário, sou sócio de uma empresa de tradução, dou aulas de inglês e português para estrangeiros até hoje, faço bicos como guia, produzo eventos de música. Meu plano é convergir cultura e obras sociais sem clichê. Sem glamorização da favela. Parar com essa lógica filantrópica insuportável que se tem no Brasil.
Exposição ANIKULAPO – exposição fotográfica de Micael Hocherman do processo de produção do documentário longa-metragem ANIKULAPO, dirigido por Pedro Rajão (RJ) e filmado entre Brasil e Nigéria
Imediatos Contatos – Há algum link artístico entre Letras e o som que você toca?
Há inúmeros links artísticos, mas sinceramente não exploro, conscientemente, esse paralelo no meu trabalho.

Imediatos Contatos – Por que tocar música africana?
Música africana já é uma nomenclatura complicada. Você diria que o samba é africano? Que o calipso é africano? Que o blues é africano?
Pois bem, posso dizer que todos são. Todos foram criados por negros que fundiram elementos colonizadores e/ou nativos à essência de sua música.
Pois bem, é um fato que a música criada no continente negro não tem a mesma exposição e alcance que esses gêneros e, sinceramente, ainda não me deparei com nada mais apaixonante até hoje.
É orgânico, é áspero, é repetitiva(quase sempre). É uma hipnose percussiva que te vicia.
A questão da diáspora na música é algo que me fascina cada vez mais. O negro escravizado levou sua música para as Américas e Europa, lá a fundiu a outras influências e se fez uma nova criação, esta que voltou a África nos anos 60 e 70 e se transformou numa terceira criatura que retornou pras Américas e Europa e esse ciclo não para. Imagine o quanto se gravou nos mais de 55 países africanos em todas essas décadas e que jamais ouvimos falar.
Quem pesquisa de fato pode descobrir, todo dia, algum disco perdido com uma riqueza de ritmos, percussão, cantos e linha melódica impressionantes.
Tocar música africana, principalmente no Brasil, é uma afirmação. É minha obrigação como artista e como alguém que teve acesso a tanta criolice musical, repassar essa herança.


BENEDITO ETÍOPE DA QUERMESSE — Pedro Rajão Jailson HoraRenato Frias e Pedro Pajé.

Imediatos Contatos – Quais os artistas (musicais) estão no seu playlist?
É óbvio demais falar que toco Fela Kuti e seus filhos Seun e Femi. Toco muito Peter King, Ebo Taylor, Orquestre PolyRythmo de Cotonou, Mulatu Astatqe, Manu Dibango, Kokolo, Hugh Masekela, Knono no 1, Geraldo Pino. Mas também toco muita música brasileira, toco Gil, toco Martinho, Di Melo, Jorge Bem, Noriel Vilela, Marku Ribas.

Imediatos Contatos –  Sei que você toca no restaurante* Yorùbá tem outro point (lugar) que você toca?  
Eu sempre digo que sou um DJ freela. Toco em muitas festas como convidado. Toco sempre na festa Confraria do Som. Sempre fico entre Lapa, Santa Teresa e Centro mas alguns projetos na Zona Norte estão começando a pipocar.


Imediatos Contatos – No bate papo informal que tivemos você comentou sobre o documentário que vem produzindo sobre Fela Kuti. Como esta o projeto?
Está a mil por hora. Estou terminando o teaser para captar patrocínio e finalmente atravessar o Atlântico. Hei de terminar o documentário, ainda esse ano, na Nigéria.

Imediatos Contatos – Há outros projetos?
São tantos que me atrapalho, inclusive. Estou ligado à produção de curta-metragens, projetos sócio-culturais e festivais mas, no momento, o meu documentário sobre o afrobeat é o que mais priorizo.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

SALA DE VISITA - EDIÇÃO ESPECIAL 2015#01.

Estreia  aqui no blog mais um coluna ( ou seção) na edição especial  2015#01. Para alegria do leitores e do editor que sempre tem colaboradores de alto nível. E não precisa fazer a pergunta se terá mais na próxima edição. Sim, voltará nas próximos edições. 

SALA DE VISITA
POR OLIVEIRA CELSO 

O burburinho tomou conta da cidade e é bom mesmo que vocês saibam quem é o assunto da vez. Se bastasse uma agora nosso convidado nos apresenta mais um assunto. 
Tony Alexandre é figura icônica nos eventos que acontecem na cidade. E tratando-se de gente bonita e música boa, ele reúne o há de melhor. Confira abaixo o que nosso ilustre visitante tem a nos contar.
Produtor Tony Alexandre
I.C - Como surgiu a CLAPS POWER?
Tony Alexandre - A história da CLAP´S POWER! teve início em janeiro de 2015, quando o líder da marca - ninguém menos que Tony Alexandre, figura lendária no meio underground do Rio de Janeiro e São Paulo - conheceu uma festa que seria um divisor de águas em sua carreira de produtor de eventos. A tal festa, a “Bereco/Lava-Jato”, era naquela oportunidade uma festa simples feita para amigos, capitaneada pelos DJs André Lima e Igor Assis e com a participação de André Moreno.

I.- Quem faz  CLAPS POWER?
 Tony Alexandre -  Aí vai nossa ficha técnica; Direção e produção: Tony Alexandre, Edição e comunicação Rodd Rodriguez, Tecnologia Filipe Torres e Coordenação geral Fernando Cesar.
Rodd Rodriguez
I.-   Como é a escolha do line up?
 Tony Alexandre -Nós temos 5 djs e reunimos todos e escolhemos nosso convidado dj (André Lima e André Moreno), o dJ e produtor Rodd Rodriguez e dj Filipe Torres.
Filipe Torres

I.- O que não pode faltar na CLAPS POWER?
Tony Alexandre -  O que não pode faltar são boas vibrações. Boa vibe!

Fernando Cesar


I.- Quais são as novidades na CLAPS POWER?
Tony Alexandre -  Novidades em sonorização. Estamos sempre atualizados.



I.-  Quem são os frequentadores da Claps Power?
Tony Alexandre - Os frequentadores vão desde  djs, produtores, fashionistas e quem curti boa música.