Cantora mineira prepara seu disco autoral com
influencia folk, indie e pop rock, depois de ter passado por algumas bandas. Em
junho e julho shows de curta temporada
pela cidade do Rio de Janeiro.
Celso
Oliveira
oliveiracelso79@gmail.com
A missão do blog é conectar os leitores com a cena
independente artística do cenário carioca. Ou simplesmente apresentar talentos
que estejam despontando. Depois de várias tentativas sem sucesso. Adiando o
encontro pelas agendas incompatíveis. A quinta-feira, (23/05), cinzenta e
melancólica, apresentava o tempo instável com chuva fraca. Independente do
tempo estava marcada a entrevista para estreia da coluna, Altos - Papos. A
tarde teve o tom afinadíssimo de alegria. O espaço Comuna (Botafogo) foi o
local para os Altos Papos.
Sentamos na área onde fica o bar, iniciamos uma longa
conversa. Tudo começa na Espanha ainda criança. E agora adulta vem à tona, sua
vocação. Sua voz e talento (como compositora) poderão ser conferidos na curta
temporada que acontecerá todas as quintas-feiras, do mês de julho, no bar “Rio
Rock & Blues”, no bairro mais boêmio da cidade, na Lapa.
“Achei o meu lugar.”
Atriz e cantora ou seria cantora e atriz. A mineira
que pode considerar-se carioca. Já reside na cidade maravilhosa há oito anos. A
primeira vez que esteve no Rio de Janeiro, acompanhada do pai para participar do
curso de teatro na Cal (Casa de Artes de Laranjeiras). – Achei o meu lugar-
revelou ao pai. Em poucos meses sua mudança definitiva foi feita.
“De Lady Gaga a The Doors. “Sou cosmopolita,
gosto de misturas.”
Lívia Mantovani esta três anos no circuito, administra
sozinha a carreira solo. O repertório eclético incluem versões de The Doors a
Gaby Amarantos. – Transito entre folk, pop-rock e indie – explica Lívia. Quando
questionada pelo seu estilo musical que não combina - O sertanejo é algo que
não esta na minha veia musical – declara Lívia. Assim como samba também. Mesmo
gostando muito de samba. Algumas feras da música lhe inspiram: Marisa monte,
Caetano Veloso, Janis Joplin, Beatles, Joss Stone, Paul McCartney. Adora
passear no parque Aterro do Flamengo que também lhe inspira bastante na hora de
compor. Ou sentada na cafeteria observando o vaivém das pessoas.
Os primeiros shows vieram com a formação da dupla,
Lívia Mantovani e Pablo Sanchez. Surgia o projeto Folk Off, que durou 3 anos.
– Em 2009,
estava em cartaz no teatro Laura Alvim. O Pablo Sanchez na época era operador
de áudio, do espetáculo “Psicopatas” e eu atuava. Antes de começar o espetáculo
nós ficávamos brincando com versões de músicas folk, pop e rock. Eu cantava e o
Pablo tocava violão – diz Lívia. Logo as apresentações foram realizadas no pub
em Ipanema, entorno das imediações do teatro. Durante oito meses seguiram as
apresentações. – O Pablo continua um parceiro da música- diz Lívia.
Durante um ano foi vocalista da banda de rock
FOURSAME. Neste período rodou pelo BRASIL todo. Os questionamentos sobre sua
posição na sociedade como artista foram mais evidentes e fez com que ela revê-se
seus conceitos. Desejando exprimir seu lado autoral, escreveu a letra de uma
música, apresentou para alguns amigos que possuem refinamento musical e constataram
mais um talento. Os assobios são uma das características da sua performace. A
construção do seu trabalho é totalmente artesanal. - Nos mínimos detalhes.
Mesmo em tempos tão digitais – confirma Lívia.
“Sou romântica. Mas não
gosto de sentir aprisionada.”
Voltando no tempo, ALTOS PAPOS, averigua a vocação
desta mineira da cidade de Viçosa. Na época que morou na Espanha ainda criança.
– Meu pai foi fazer um intercâmbio na área que atua. Minha mãe, Elaine Fontes
(artista plástica) estudava belas artes, e foi convidada pela Casa Brasil que
fica em Madri para uma exposição. Enquanto minha mãe montava a exposição, eu e
minha irmã fomos desbravando o lugar. Achamos um auditório. Imediatamente subi
no palco e comecei a cantar e interpretar cenas do filme “A bela e a fera”. A
minha irmã logo se cansou, eu continuei e quando me dei conta tinha uma plateia
– diz Lívia. Com passar do tempo tentou outras atividades profissionais, cursou
durante 6 meses jornalismo em
Viçosa. Em seguida artes cênicas na UFMG. No Rio de Janeiro
formou-se na Cal e iniciou o curso na UNI-RIO (a matricula esta trancada no
momento)– Minha família apoia até hoje. Esse apoio é muito importante para
carreira– diz Lívia.
Capricórnio com ascendente em peixes. Característica
do signo, a persistência, faz com que ela continue. Desse lado místico a
constatação vem do mapa astral que confirmou a sua decisão para prosseguir na
carreira. Atualmente esta solteira por opção. Mesmo recebendo cantada nas
apresentações, esta focada na carreira. Acredita em relacionamentos sólidos. –
Sou romântica. Mas não gosto de sentir aprisionada – revela Lívia.
Uma frase que marcou o, ALTOS PAPOS, dita por Lívia –
Não há fronteira para arte. A noite chegou e a conversa também estava no
finalzinho. Mas antes de encerrar Lívia nos apresentou o que ouve atualmente no
seu playlist, a banda, O terno. Seu tempo esta reservado para os ensaios com a sua
banda, pois a temporada de apresentações do show “Lívia Mantovani acústico”
será em julho e a outra parte do tempo é no estúdio para gravação do cd
autoral.
Contato já!
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Aos sábados. De 15 em 15.
Couvert: R$10,00
Curta tempora no mês de julho.
Todas às quintas- feiras.
RIO ROCK & BLUES
Rua Riachuelo 20 – Centro – Lapa. Rio de Janeiro.
Agradecimento especial ao espaço Comuna.
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